Indiferença
Deixe-me adormecer na ilusão De que ao menos por instantes Nos aproximamos dos deuses Embevecidos de plena ternura. Deixe-me guardar a tua imagem Aquela que vi pela primeira vez O teu sorriso carregado de paz E abraços que me acalentaram. Deixe-me permanecer sonhando Para que nas tristes madrugadas Você venha me fazer companhia Libertar-me da amarga agonia. Deixe-me e a mesma indiferença Silenciosa, ácida, triste e dolorida Vivenciada em silêncio à exaustão Saberá sepultar o amor, a emoção. Deixe-me acreditar que o tempo Que um dia te trouxe no outono Me ensinará suportar o abandono E a realidade de seguir sem você. Ana Stoppa Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 04/11/2017
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