Despedida
Apague rapidamente a luz outrora brilhante Em silêncio feche de uma vez todas as portas Preciso dos rumos para o adiado reencontro De minha alma, com a solidão que lhe espera. Perdi o medo de experimentar noites vazias Habituei-me a atravessar amargos caminhos Ainda assim, buscarei esquecer os espinhos O doce perfume da flor, a claridade, o amor. Descarto caminhar nas trilhas da esperança E a vontade de experimentar longos abraços Prevalece tão somente o entediante cansaço De procurar inutilmente do afeto a essência. Calada, estendo farrapos dos antigos sonhos Na velha calçada por onde anda a indiferença, Que sejam pisoteados por passos impiedosos Porque o descaso emprestou asas a coragem. Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 20/06/2018
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